Na entrada intitulada "O decreto da avaliação (V)", de ontem, JVC (ApontamEntoS) continua a desfilar informação e argumentos sobre o projecto de criação da agência AAAAAAAAA...ES.
Do que escreve na citada entrada, sublinho a passagem onde diz:
"[...] detesto deslumbramentos internacionais, como tudo o que tem transparecido destes exercícios do MCTES, com a ENQA e com a OCDE. Vício pessoal de quem sempre gostou muito mais de passar os seus dias em Oeiras do que em Bruxelas."
A meu ver, este é um dos elementos de análise crítica fundadores da apreciação que importa fazer a este e a outros projectos de intervenção do MCTES, e à acção até agora desenvolvida. Algures neste blogue, referi-me a essa dimensão da actuação do governo como expressão de "provincianismo lisboeta", a mais das vezes interpretado por "expatriados" minhotos ou beirãos.
Pondo-me no lugar de JVC, teria entretanto que substituir o remate da afirmação "... passar os seus dias em Oeiras..." por "... passar os seus dias no Minho ...". É que Oeiras sempre me faz lembrar sub-urbanidade e esta conceito, desde que o ouvi nos bancos da faculdade lisboeta que frequentei, ficou-me associado a desqualificação urbana e social.
Hoje em dia, colar esta imagem a Oeiras é provavelmente injusto, mas há imagens que resistem para além da realidade que as fez nascer. Já falar de sub-urbanidade da política levada a cabo pelo MCTES me parece claramente ajustado, provavelmente mesmo mais do que provincianismo lisboeta, que soa mais elitista. É o que dá viajar muito e assentar pouco os pés na terra.
Também temos disso aqui pelo Minho!
J. Cadima Ribeiro
Do que escreve na citada entrada, sublinho a passagem onde diz:
"[...] detesto deslumbramentos internacionais, como tudo o que tem transparecido destes exercícios do MCTES, com a ENQA e com a OCDE. Vício pessoal de quem sempre gostou muito mais de passar os seus dias em Oeiras do que em Bruxelas."
A meu ver, este é um dos elementos de análise crítica fundadores da apreciação que importa fazer a este e a outros projectos de intervenção do MCTES, e à acção até agora desenvolvida. Algures neste blogue, referi-me a essa dimensão da actuação do governo como expressão de "provincianismo lisboeta", a mais das vezes interpretado por "expatriados" minhotos ou beirãos.
Pondo-me no lugar de JVC, teria entretanto que substituir o remate da afirmação "... passar os seus dias em Oeiras..." por "... passar os seus dias no Minho ...". É que Oeiras sempre me faz lembrar sub-urbanidade e esta conceito, desde que o ouvi nos bancos da faculdade lisboeta que frequentei, ficou-me associado a desqualificação urbana e social.
Hoje em dia, colar esta imagem a Oeiras é provavelmente injusto, mas há imagens que resistem para além da realidade que as fez nascer. Já falar de sub-urbanidade da política levada a cabo pelo MCTES me parece claramente ajustado, provavelmente mesmo mais do que provincianismo lisboeta, que soa mais elitista. É o que dá viajar muito e assentar pouco os pés na terra.
Também temos disso aqui pelo Minho!
J. Cadima Ribeiro
1 comentário:
Era em Oeiras que eu trabalhava, no Instituto Gulbenkian de Ciência.
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